‘Tive medo desse dia chegar’: prima lamenta morte de importante médico de Florianópolis

Cid Gomes, de 93 anos, morreu nesta segunda-feira (1º), vítima de uma falência cardíaca. Ex-médico do Avaí, pesquisador, e importante profissional conhecido de Florianópolis, teve sua morte lamentada por familiares na internet.

Familiares lamentaram a morte de Cid Gomes – Foto: Reprodução/Facebook Jackie Biton/ND

Em uma publicação ao lado do médico, Regina Zandomênico, prima de Cid, diz que sempre teve medo deste dia chegar.

“Sempre tive medo desse dia chegar, mas chegou. Meu primo Cid Gomes já havia comentado comigo que os idosos compreendem melhor as mortes porque sabem que elas fazem parte do ciclo da vida”, iniciou.

Em seguida a prima escreve que: “neste momento, mesmo que eu tivesse 100 anos, me sentiria uma criança. Aos 93 anos de idade, ele nunca deixou nossa diferença de idade ser uma barreira entre gerações. Para mim o fato dele ser médico voluntário do Asilo Irmão São Joaquim, no centro de Florianópolis, ainda aos 90 anos, já é um dos melhores indícios de que ele foi como ser humano”, conta.

Para ela, as filhas, netos/netas, bisnetas/bisnetos tiveram o privilégio de ter sido pai, avô e bisavô deles.

“Nós, o restante da família, tivemos a honra de compartilhar essa trajetória. Quando faltam palavras para uma jornalista, é sinal de que a emoção é maior que a razão. Em tempo: um dos significados do nome Cid é ‘homem superior’”, escreve.

Confira a publicação:

Sempre tive medo desse dia chegar, mas chegou. Meu primo Cid Gomes já havia comentado comigo que os idosos compreendem…

Posted by Regina Zandomênico on Monday, May 1, 2023

A morte foi lamentada também pela filha do médico, Jackie Biton. Na publicação, Biton chamou o profissional de “querido pai”.

“Eu, meus filhos e netos e toda a nossa família fomos tão abençoados por tê-lo em nossas vidas por 93 anos e não há palavras suficientes de gratidão que todos nós temos por ele. Vá em paz vamos guardar conosco as lições da vida seu amor incondicional e nos encontraremos novamente descanse em paz meu querido pai”, escreveu.

Vida de Cid

O início da vida profissional de Cid Gomes foi em Itajaí onde foi diretor do Centro de Saúde e um dos primeiros médicos do Hospital Marieta Konder Bornhausen. Em 1961, já casado com Lia Rihl Gomes, veio morar em Florianópolis, cidade na qual, além de médico, exerceu inúmeras outras funções na área da Saúde.

De acordo com o site oficial do Avaí, ao longo da carreira profissional, o Dr Cid Gomes foi professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina e ocupou vários cargos, como diretor da Vigilância Epidemiológica, diretor do Hospital Nereu Ramos, superintendente do Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Saúde.

Outro importante destaque do profissional é que ele sempre esteve envolvido em ações importantes da saúde catarinense. Nas décadas de 50 e 60 trabalhou intensamente no combate à tuberculose sendo um dos fundadores Associação de Combate à Tuberculose no estado.

Já em 1980, acompanhou a visita do cientista Albert Sabin a Santa Catarina para orientar e estabelecer critérios para o combate à poliomielite no estado. A partir da década de 90, quando começou a atender pacientes com HIV, tornou-se membro pesquisador do Conselho Nacional de Saúde.

O velório acontece nesta segunda-feira (1º) até às 22h, na loja maçônica Lauro Muller, situada à rua Abílio Silva, 304, no bairro Trindade, em Florianópolis. O sepultamento ocorre no Cemitério Jardim da Paz, nesta terça-feira (2), às 12h.

No site oficial o clube escreveu lamentar a morte do médico, e prestar solidariedade aos amigos e familiares.

 

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