Dona de página de fofoca é identificada após difamar pessoas em Chapecó, diz Polícia Civil

Um perfil no Twitter usado para difamar homens e mulheres, em especial, jovens da cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, está sendo investigado pela Polícia Civil há três meses. O Inquérito Policial do caso está avançado e deve ser concluído nos próximos dias.

Perfil no Twitter era usado para divulgar acusações e mentiras – Foto: Reprodução/Twitter

As denúncias sobre o perfil começaram a chegar para a Polícia Civil a partir de fevereiro deste ano. Desde então, quatro mulheres registram boletim de ocorrência por serem citadas em postagens do perfil na rede social.

O perfil fofoca se chamava “Garota do blog Chapecó” e contavam com mais de dois mil seguidores, além de alto engajamento. Na página eram postadas mensagem sobre a intimidade, relacionamentos, infidelidades, brigas e até ofensas aos moradores. Atualmente, o endereço está desativado.

Thiago de Oliveira, delegado da 1ª Delegacia de Polícia Civil, afirma que a administradora da página foi identificada como uma jovem de 26 anos. A suspeita mora em Chapecó. “Essa jovem identificada era, inclusive, do convívio das vítimas”, disse o delegado.

Oliveira destaca que a intenção da página, que também contava com um perfil no Instagram, era gerar engajamento por meio de fofocas e mentiras. “Esse perfil de fofoca tinha o objetivo de ofender as pessoas, praticar difamação. Quatro pessoas representaram para a gente investigar”, contou o delegado, que não descarta a existência de outras vítimas.

Ainda conforme o delegado, a jovem já tem passagens policiais por estelionato, ameaça, injúria, difamação, lesão corporal dolosa e vias de fato. “Ela vai ser indiciada por difamação e injúria qualificada, porque quando esses crimes são praticados pela internet, a pena é aplicada ao triplo”, completou o delegado.

Por não ter a identidade divulgada, o ND+ não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização desta reportagem. Ela deve ser comunicada para se apresentar na delegacia de polícia, conforme o delegado.

Oliveira pede que se existirem novas vítimas, que procurem a 1ª Delegacia de Polícia Civil quanto antes para a conclusão do inquérito.

Com a identificação da administradora da página, nesta semana, algumas vítimas de Chapecó usaram as redes sociais para lamentar as acusações. “Eu sei da humilhação que foi para provar ao contrário do que estava sendo divulgado”, disse uma das vítimas. “O mais triste foi saber que era alguém que eu considerava”, disse outra. “Demorou mais a casa caiu”, comemorou outra.

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