Fotos flagram ‘invasão de capivaras’ em gramado no bairro Itacorubi, em Florianópolis

Fotos flagraram uma invasão de capivaras no bairro Itacorubi em Florianópolis. As imagens, tiradas na noite desta quarta-feira (12), mostram que ao menos 11 dos animais povoaram um gramado ao lado do córrego que passa no local.

Confira as imagens

Capivaras foram vistas na noite desta quarta-feira (12) - Caroline Agustini/ Reprodução/ND
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Capivaras foram vistas na noite desta quarta-feira (12) – Caroline Agustini/ Reprodução/ND

Um dos animais atravessava a ciclovia enquanto era observado por ciclistas - Caroline Agustini/ Reprodução/ND
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Um dos animais atravessava a ciclovia enquanto era observado por ciclistas – Caroline Agustini/ Reprodução/ND

Ao menos 11 capivaras foram vistas - Caroline Agustini/ Reprodução/ND
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Ao menos 11 capivaras foram vistas – Caroline Agustini/ Reprodução/ND

As fotos mostram ciclistas parados observando uma capivara atravessar a ciclovia do bairro. Enquanto isso, os outros animais se alimentam e descansam no gramado. Curiosamente, a área de descanso dos roedores fica às margens do córrego onde é comum avistar jacarés na região.

Sem predadores

No final de 2022, inúmeras capivaras foram vistas se abrigando da chuva no campus da Udesc (Universidade Estadual de Santa Catarina). A tenente da PMA (Polícia Militar Ambiental) Renata Bousfield contou que a aparição das capivaras excedia a época do ano, mas afirmou que o período do verão é o mais propício para a reprodução.

“É comum durante o ano todo. Elas também não têm muitos predadores, no máximo o jacaré, e, por isso, aparecem em maior número. Mas é um animal muito tranquilo, elas fogem do homem, então não apresentam muito perigo”, explicou a tenente.

O IMA (Instituto do Meio Ambiente) pontuou, também, que a orientação é não interferir que ela voltará para o seu local. O órgão confirma que ainda não há nenhum monitoramento de capivaras em Florianópolis.

Capivaras podem atingir o nível de “praga”, disse o IMA

Na época em que as capivaras viralizam próximo à universidade, o professor e biólogo do IMA de Criciuma, André Klein, afirmou que a reprodução de capivaras é um “problemão em nível nacional e sem solução em vista”.

Klein disse que esses roedores gostam de ficar em margens abertas de rios e o desequilíbrio populacional decorre, muitas vezes, das conversões de áreas florestais em áreas abertas.

“Pela conversão dessas áreas próprias para ocupação pela espécie, da drástica redução no número de predadores, que seriam apenas os grandes felinos, além, é claro, da grande capacidade reprodutiva da espécie, típica dos roedores”, explica.

Ele ainda disse que o cercamento da área “geralmente não costuma ser eficiente”, visto que esses animais podem desviar. Ele ainda contou que o problema não é somente na Capital catarinense, e sim, em diversos locais pelo País.

“O IBAMA e algumas instituições acadêmicas até chegaram a fazer alguns estudos, debates e tentativas de normatizar algum procedimento, mas por se tratar de espécie nativa e de problema sistêmico, acho que não foi possível progredir”, comenta.

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