Operação Mensageiro: primeiros prefeitos denunciados podem virar réus nesta quinta

A sessão da 5ª Câmara Criminal do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) desta quinta-feira (13), em Florianópolis, julga três processos da Operação Mensageiro em que os primeiros prefeitos denunciados podem ser considerados réus.

Sessão que julga os primeiros processos da Operação Mensageiro acontece nesta quinta-fera (13) – Foto: Felipe Kreusch/ND

A audiência, presidida pelo desembargador Luiz Cesar Schweitzer, iniciou por volta de 9h15. Em entrevista exclusiva ao repórter Felipe Kreusch, da NDTV, Schweitzer explicou como a sessão será conduzida.

“Iniciamos com os pedidos de preferência, que não são todos os processos que vão ser julgados, mas aqueles que chamam mais atenção da Operação Mensageiro, inclusive de vocês da imprensa. São os primeiros que vão ser julgados, em segredo de justiça”, afirma o desembargador.

Por conta do sigilo, ninguém da imprensa pode acompanhar a sessão. Os processos que vão ser apreciados podem ter os aceites das denúncias oferecidas pelo MPSC (Ministério Público de Santa Catarina).

Conforme apuração do Grupo ND, são julgados os processos envolvendo os prefeitos de Pescaria Brava, Deyvison Souza (MDB), de Papanduva, Luiz Henrique Saliba (PP), e de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa (PSL).

As denúncias apontam que os políticos são suspeitos de receber propina para favorecer empresa de saneamento na prestação de serviços nos respectivos municipios.

Entenda o caso

A Serrana, agora chamada Versa Engenharia Ambiental, atende várias cidades do Estado onde há suspeitas de corrupção. Foi um funcionário da empresa de saneamento, chamado de “Mensageiro” na investigação, que  era responsável pela entrega das propinas aos prefeitos, segundo o MPSC. Por ter feito acordo de delação premiada, o nome do funcionário não pode ser divulgado pelo Grupo ND por proibição judicial.

De acordo com o Ministério Público, desde 2013 até 2022, a prefeitura de Pescaria Brava teria pago à Versa Engenharia R$ 1,6 milhão em contratos.

Apenas na região Sul do Estado, ao menos cinco municípios têm registro de contratos com a Versa que atravessaram gestões.  Nessas cidades, conforme o MPSC, a empresa investigada faturou cerca de R$ 136,3 milhões em dinheiro público. Esses valores teriam sido pagos em contratos para serviços de coleta de lixo, saneamento e iluminação pública, entre outros.

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