Deputado Zé Trovão pede prisão de Maduro em ofício à embaixada dos EUA

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) enviou um ofício à embaixada dos Estados Unidos no Brasil em que pede informações sobre o que o governo americano poderia fazer para prender o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O ditador venezuelano está no Brasil e tem uma série de reuniões marcadas nesta segunda-feira (29) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília.

“Informo a presença, no Brasil, do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que, conforme consta no site do Drug Enforcement Administration (DEA), é procurado por autoridades norte-americanas, acusado pelo Procurador-Geral dos Estados Unidos, Sr. Willian Barr, dos crimes de narcotráfico, terrorismo internacional e corrupção”, diz o ofício do deputado.

Deputado Zé Trovão (PL-SC) enviou ofício à embaixada dos EUA – Foto: Câmara dos Deputados/Divulgação/ND

“Manifesto a essa Embaixada minha indignação pela presença do ditador venezuelano em solo brasileiro, ao tempo em que peço informações de quais medidas podem ser adotadas pelo Governo Americano para captura deste criminoso”, completa. O R7 procurou a embaixada americana para comentar o caso e aguarda a resposta.

Encontro entre Maduro e Lula

Maduro chegou ao Brasil no domingo (28), após um convite de Lula, que o chamou para participar de uma cúpula com os presidentes dos países da América do Sul, que acontece nesta terça-feira (30) em Brasília.

A princípio, os dois só conversariam na cúpula. Os encontros desta segunda-feira não estavam previstos na agenda oficial de Lula, mas foram confirmados de última hora pelo governo federal. Os presidentes terão duas reuniões no Palácio do Planalto, uma delas reservada, com a participação apenas dos dois.

Também há previsão de que Lula e Maduro assinem acordos bilaterais. Depois, o brasileiro vai oferecer um almoço em homenagem ao ditador e à primeira-dama venezuelana, Cilia Flores de Maduro, no Palácio Itamaraty.

A última vez que Maduro veio ao Brasil foi em 2015. De 2019 a 2022, ele ficou proibido de ingressar no território brasileiro devido a uma portaria assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impedia a entrada de “altos funcionários do regime venezuelano” — o que incluía Maduro e cerca de outros cem integrantes do governo. No fim do mandato, Bolsonaro anulou a portaria.

Acusação contra Maduro

Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou formalmente acusações criminais contra Maduro e outras autoridades venezuelanas. À época, foi estipulada uma recompensa no valor de 15 milhões de dólares por informações que levassem à prisão e à condenação do presidente da Venezuela.

As autoridades americanas alegam que Maduro teria “participado de uma associação criminosa que envolve uma organização terrorista extremamente violenta, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e de um esforço para inundar os Estados Unidos com cocaína”.

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