H1N1, gripe comum ou resfriado? Saiba as diferenças, sintomas e tratamentos em cada caso

As quedas bruscas de temperaturas e a proximidade com o inverno trazem algumas preocupações para a população. Sobretudo em Santa Catarina, que sofre com a falta de leitos, é preciso entender a diferença entre a gripe comum e a H1N1, e quais os tratamentos para cada um dos casos. O portal ND+ buscou uma infectologista para esclarecer as dúvidas sobre o tema.

De acordo com a médica infectologista e diretora do Hospital Nereu Ramos, Renata Zomer, a gripe comum é simples, mas também é capaz de gerar casos graves, como os de H1N1.

Gripe e H1N1, entenda as diferenças

Gripe pode levar a casos graves – Foto: Freepik/Divulgação/ND

“A gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza (tipos A, B, C e D) que pode cursar com quadros leves até quadros graves como insuficiência respiratória aguda. Com a chegada das estações mais frias, os casos de gripes e resfriados aumentam”, explica.

A médica explica que os subtipos A e B normalmente são os responsáveis pelas epidemias sazonais, aquelas que acontecem em períodos específicos. Já a Influenza A (dentre elas, o subtipo H1N1) é responsável pelas pandemias. Os resfriados, são causados por outro tipo de vírus, na maioria das vezes por rinovírus.

Na prática, a gripe comum tem sintomas mais brandos, enquanto a H1N1 sintomas mais severos como a falta de ar. No entanto, é sempre importante lembrar que apenas um médico pode fazer o diagnóstico correto.

Sintomas de gripe:

  • Febre;
  • Dor no corpo e articulações;
  • Dor de cabeça;
  • Falta de apetite;
  • Cansaço;
  • Tosse;
  • Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Nariz entupido; e
  • Há ainda sintomas como diarréia, vômitos e olhos avermelhados e lacrimejantes.

Já no H1N1, as infecções são mais graves. Nelas os sintomas podem ser mais fortes, também acompanhados dos mesmos da gripe, como explica a seguir a infectologista.

“Nestas infecções mais graves podemos ver sinais de desconforto respiratório (falta de ar importante, lábios azulados – cianose periférica -, sinais de desconforto – batimento de asa de nariz – , uso da musculatura abdominal), sinais de desidratação (mucosas secas, frequência cardíaca aumentada) e sonolência. Existem algumas complicações das gripes como sinusite, otite, pneumonia”, destaca a médica.

Já em relação aos resfriados, segundo o Ministério da Saúde, os sintomas são coceira no nariz ou irritação na garganta, seguidos após algumas horas por espirros e secreções nasais. A congestão nasal também é comum nos resfriados, porém, ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças não apresenta febre ou apenas febre baixa.

Tratamento

Para o tratamento de influenza existe um antiviral chamado “Oseltamivir”, disponível pelo SUS (Sistema Único de Saúde). De acordo com Zommer, ele é indicado apenas para as formas graves de influenza e síndrome gripal com risco de complicações.

“É importante lembrar também que há condições e fatores de riscos para início do tratamento como gestantes, idosos (acima de 60 anos), crianças pequenas, população indígenas, pneumopatias”, fala.

A médica reforça que o tratamento precisa ser indicado e acompanhado por um médico.

Segundo o Ministério da Saúde, ainda não existem medicamentos que tenham demonstrado bons resultados no combate aos vírus da gripe e do resfriado, por isso, o tratamento é direcionado ao alívio dos sintomas. Os principais medicamentos sintomáticos utilizados são os analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.

Medicamentos para gripe e resfriado

Não há medicamentos específicos para a gripe ou resfriados, aponta Ministério da Saúde  – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Cuidados para evitar a gripe:

  • Higienizar as mãos (água e sabão ou álcool gel);
  • Utilize lenço descartável para higiene nasal;
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir;
  • Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Mantenha os ambientes bem ventilados;
  • Evite contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
  • Evite sair de casa em período de transmissão da doença;
  • Evite aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
  • Adote hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.

A médica finaliza explicando que a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e evitar a evolução para formas mais graves e até óbitos é se vacinar contra a doença. A vacina está disponível para toda a população pelo SUS.

No entanto, clinicamente é muito difícil diferenciar os dois tipos de infecções, por isso a importância de se vacinar contra a doença, que previne as formas mais graves da doença.

 

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