Professor de SC foi a 1ª vítima de serial killer que matou outros 2 homossexuais; caso será exibido no Linha Direta desta quinta

Robson Paim, de 36 anos, foi estrangulado até a morte com a alça de uma bolsa de couro em Abelardo Luz, no Oeste. No mês seguinte, o assassino fez outras duas vítimas no estado vizinho. Corpo de professor universitário foi encontrado por familiares em Abelardo Luz (SC)
Redes Sociais/Reprodução
Um professor universitário de Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina, foi a primeira vítima do serial killer de homossexuais que, depois, veio a assassinar outros dois homens em Curitiba (PR) em 2021. O caso será relembrado nesta quinta-feira (1º) no Linha Direta, da Globo.
Robson Paim, de 36 anos, foi estrangulado até a morte com a alça de uma bolsa de couro. Ele foi encontrado sem vida dentro da própria casa em 17 de abril de 2021. Em maio, ele fez outras duas vítimas no estado vizinho.
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Segundo o delegado Marcelo Fernando Tescke, que conduziu o inquérito na época, o carro do professor foi localizado na região metropolitana de Curitiba.
Com condenações que chegam a 104 anos pelos crimes de roubo, extorsão e latrocínio, o serial killer, José Tiago Correia Soroka, cumpre sentença em Curitiba.
Os crimes aconteceram contra três homens jovens e homossexuais – um professor, um enfermeiro e um estudante de Medicina – e sempre às terças-feiras, em semanas consecutivas.
O g1 SC não conseguiu contato com a defesa do réu.
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Robson foi professor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) no campus Erechim, no Rio Grande do Sul, por oito anos.
Ele era graduado em geografia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc), em Xanxerê, com doutorado na área pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Caso em Santa Catarina
De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que condenou o homem a 30 anos de prisão pelo assassinato de Robson, o acusado usava sites de relacionamento para atrair as vítimas.
Em abril de 2021, conforme a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina, o acusado publicou que daria uma corrida em uma região de Abelardo Luz. O professor apareceu no local e os dois trocaram números de telefone. Após uma semana de conversas por mensagens, Paim convidou o réu para um encontro na casa dele. Lá, foi estrangulado até a morte.
Carro do professor universitário foi encontrada na região metropolitana de Curitiba, segundo polícia
Polícia Civil PR/Divulgação
Na ocasião, segundo a Justiça, o acusado roubou o veículo da vítima e vários objetos, como notebooks, relógio e celular, antes de fugir em direção ao Paraná.
A condenação considerou que o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
Pena mantida
José Tiago Correia Soroka chegou a recorrer ao TJSC. Pleiteou a retirada do crime de latrocínio para homicídio e pediu a fixação de honorários advocatícios. O recurso foi parcialmente aceito, segundo o órgão, apenas para fixar a remuneração do advogado.
Conforme o órgão, o homem confessou na delegacia o assassinato do professor e revelou ter lucrado mais de R$ 5 mil com a venda dos objetos roubados. Em juízo, no entanto, ele alegou que não se lembrava de ter pego algo e que apenas levou o automóvel para fugir.
Os crimes
O trabalho de investigação foi conduzido por policiais civis do Paraná e de Santa Catarina. O primeiro crime aconteceu em 16 de abril, em Abelardo Luz (SC). À época, Robson Olivino Paim foi encontrado morto em casa.
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Em Curitiba, José Tiago é suspeito de matar David Júnior Alves Levisio, em 27 de abril, e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, no dia 4 de maio. Depois disso, teve a vítima que sobreviveu, no dia 11 de maio.
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