Fugini é indiciada pela presença de fungos e ovos de parasitas em molho de tomate

A empresa Fugini, dois sócios e um funcionário responsável pelo controle técnico de qualidade dos produtos foram indiciados pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul por crime contra a relação de consumo. No inquérito, a polícia investiga denúncias de consumidores que teriam comprado molhos de tomate que continham fungos e ovos de parasitas.

investiga denúncias de consumidores que teriam comprado molhos de tomate que continham fungos e ovos de parasitas – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Os consumidores adquiriram os produtos em estabelecimentos comerciais de Viamão, região metropolitana de Porto Alegre. A empresa também foi notificada administrativamente.

Amostras de três molhos de tomate coletadas em dezembro de 2022 foram analisadas pelo IGP (Instituto Geral de Perícias). E ainda outras, coletadas lacradas pela Vigilância Sanitária, foram remetidas ao Lacen-RS (Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul).

Segundo o material periciado recebido pela polícia, o exame indicou que as amostras tinham estruturas fúngicas filamentares (bolor e mofo), além de bactérias e fragmentos de ovos de parasitas.

Fugini é investigada

Conforme informações do portal Metrópoles, a delegada responsável pela investigação do caso, Jeiselaure de Souza, as colônias de fungos encontradas nos molhos são advindas de contaminação e que o consumo de alimentos contaminados não é adequado.

Segundo ela, não há dúvidas de que os produtos eram impróprios para consumo e que os fungos e ovos de parasitas são prejudiciais à saúde humana.

Segundo a polícia, os produtos analisados tinham apresentações finais e lotes diferentes, mas eram da mesma empresa, com sede em São Paulo. Segundo a investigadora, há outros relatos de casos semelhantes em diversas cidades do estado. Para a delegada, é possível que haja uma subnotificação do número de casos registrados.

Ainda segundo a delegada, mesmo que o material encontrado nos molhos estivesse dentro dos valores de referência tolerados pela Resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os fragmentos de insetos identificados demonstram falhas nas boas práticas da empresa.

O inquérito foi enviado à Justiça do RS. Anvisa e Vigilância Sanitária foram comunicadas pela polícia. A reportagem fez contato com a empresa Fugini, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto.