CPMI 8 de janeiro: Senadores de Santa Catarina votaram contra o plano de trabalho

A relatora do CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos atos de 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou o plano de trabalho do grupo, na reunião desta terça-feira (6). A proposta foi aprovada por 18 votos a 12, gerando muitas discordâncias entre os deputados e senadores. Os senadores de Santa Catarina que fazem parte da CPMI, votaram contra o plano.

Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) criada para investigar os atos antidemocráticos de 8 de janeiro realizou reunião para analisar plano de trabalho para os próximos 120 dias.Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Eliziane apresentou no texto oito linhas de investigação que serão iniciadas pelos possíveis financiadores e autores dos atos anteriores aos ataques às sedes dos Três Poderes. Entre os atores principais está Anderson Torres, enquanto era ministro da Justiça e Segurança Pública e também como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. E também busca a identificação dos mentores, financiadores e executores dos acampamentos na região do Quartel do Exército e o planejamento e a atuação dos órgãos de segurança pública.

O senador de Santa Catarina, Jorge Seilf (PL-SC), disse ao ND+ que votou contra o plano, porque o texto leva a condenação antecipada dos patriotas que estavam nas manifestações. Que a relatora usou termos que criminalizam as pessoas que estavam lá. “Nunca vi golpe de Estado desarmado com bandeira do Brasil. Entendemos que alguns termos precisavam ser corrigidos e eles não aceitaram a correção, nós da oposição votamos contra”, afirmou.

Espiridião Amin (PP-SC), também foi contra e fez críticas a atuação de membros do governo. E ainda afirmou que que o STF (Supremo Tribunal Federal) e o  TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sabiam dos riscos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes. “Omissões são tão criminosas quanto as ações. E, como disse o presidente Lula, a porta do Palácio do Planalto estava aberta. Esconder os documentos, só se for para acobertar algo.”

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