SC precisa fazer 47 cirurgias eletivas por hora para zerar fila de 67 mil pessoas esperando

O Governo do Estado precisa fazer 47 cirurgias eletivas por hora, durante 24h para zerar a fila de cirurgias eletivas no Estado. Ao todo, nesta terça-feira (6) há 67.972 catarinenses aguardando pelo procedimento. 

Em nota, a SES-SC (Secretaria do Estado da Saúde de Santa Catarina), respondeu que o número corresponde a pacientes que no número de pacientes que aguardavam pelo procedimento no período entre o ano de 2017 até 30 de janeiro deste ano.

Programa Estadual de Cirurgias Eletivas será lançado na Capital – Foto: Secretaria de Estado da Saúde/Reprodução/ND

O número de cirurgias que precisam ser realizadas por dia, diz respeito a uma promessa do governador Jorginho Mello, de zerar a fila nos próximos 60 dias, para o prazo que terminaria em 6 de agosto. 

A data vem de uma campanha do governo estadual. Nela, segundo a SES, houve processo de ampliação da oferta de cirurgias.

Desafio nas eletivas

A pasta admite que há um grande desafio ligado às cirurgias ortopédicas. Em março, foi publicada a revisão do Plano da Rede Estadual de Atenção em Alta Complexidade em Traumatologia e Ortopedia. Diante disso, a SES declara que tem ampliado o número de hospitais habilitados pelo Estado para a realização dos procedimentos, buscando direcionar as cirurgias eletivas para unidades que não realizem atendimentos de urgência e emergência. A exemplo do Hospital Azambuja e do Hospital Imigrantes.

A SES diz ainda que os serviços de cardiologia também foram ampliados.

“No mês de abril, foram habilitados outros três hospitais. Sendo eles: Hospital São Francisco, Concórdia; Hospital Azambuja, de Brusque e Hospital São José, de Jaraguá do Sul”, escreve a nota.

No campo dos procedimentos oftalmológicos, a secretaria declara que a fila se restringe a pacientes que deram entrada em 2023.

Média de cirurgias eletivas mensais

Segundo a campanha divulgada pelo governador, a média mensal de cirurgias eletivas seria de 21 mil procedimentos mensais. No entanto, considerando a redução no período da força-tarefa, a média foi de apenas 9,6 mil procedimentos nos últimos quatro meses.

Quando assumiu, Mello encontrou uma fila de 105.340 pessoas aguardando por cirurgias eletivas.

Dentre as estratégias elencadas no programa estadual, está a priorização do atendimento dos pacientes oncológicos, buscando dar cumprimento às legislações vigentes garantindo a realização de exames em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias. Neste sentido, os dados apontam que em 30 de janeiro, 2.738 pacientes aguardavam por cirurgias oncológicas, número que foi reduzido para 534. Para estes pacientes remanescentes, a SES segue realizando uma busca ativa.