MP pede que mãe e filho apontados por matar homem para ter ‘benefícios financeiros’ sejam levados ao tribunal do júri em SC


Caso ocorreu em novembro, mas a motivação do crime foi desvendada após seis meses. Os dois foram presos em maio em Criciúma. Mãe e filho foram presos suspeitos de matar homem em Criciúma
Polícia Civil/Divulgação
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pediu que a mãe e o filho apontados por assassinar o homem de 43 anos em Criciúma, no Sul, em 2022, sejam julgados no Tribunal do Júri. O caso ocorreu em novembro, mas a motivação do crime foi desvendada após seis meses. Os dois foram presos em maio.
O pedido foi divulgado pelo órgão na segunda-feira (12). Segundo a investigação, a dupla queria “obter benefícios financeiros” com a morte do homem.
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Enviada ao Poder Judiciário, a denúncia foi aceita e agora mãe e filho são réus em ação, segundo o MPSC. Eles respondem pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e traição. O processo tramita em segredo de Justiça.
Os dois chegaram a ser presos em flagrante logo após a morte da vítima, mas foram liberados na audiência de custódia. O filho alegou que havia agido em legítima defesa para proteger a mãe de uma possível agressão. O crime continuou sendo investigado e revelou outra motivação e premeditação (leia abaixo).
Durante a fase de investigação, houve indícios de que os dois teriam influenciado no depoimento de uma testemunha que presenciou a ocorrência. A reportagem não conseguiu contato com a defesa.
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Ainda de acordo com a investigação, a vítima não morava mais na residência, e havia manifestado interesse no processo de divórcio. O crime aconteceu em 1º de novembro de 2022.
O laudo mostrou que antes da Polícia Militar chegar na residência o corpo foi retirado do local. O celular da vítima estava em um pote de água.
Crime planejado
A motivação do homicídio apontado como premeditado, segundo o MPSC, seria para que ambos se beneficiassem financeiramente, por meio de uma cobertura securitária de financiamento bancário. Além disso, há suspeita de que a mulher queria usar da pensão por morte.
Para atraí-lo, a ré teria se aproveitado da relação de confiança e pedido para o companheiro ir à casa dela, com o pretexto de lhe entregar alguns documentos.
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