Alunos de Joinville recriam minimalas de viagem com especiarias

Do gosto doce e amadeirado da canela à picância da pimenta nos molhos e temperos e até o aroma marcante do alecrim, você sabia que essas especiarias que dão sabor aos pratos gastronômicos fazem parte da história?

Turma do sétimo ano com as especiarias estudadas.

Turma do sétimo ano com as especiarias estudadas – Foto: Renata Bomfim/Divulgação/its Teens

Para entender como essas e tantas outras chegaram até o nosso paladar, a turma de sétimo ano da Escola Municipal Professor Honório Saldo voltou no tempo e recriou minimalas de viagem com caixas de fósforos. Na bagagem, o conhecimento de origem das ervas aromáticas que tanto chamaram a atenção dos europeus no período das grandes navegações.

À frente do projeto está o professor Felipe Buttke, que há nove anos desenvolve com as turmas pelas quais passa essa abordagem lúdica, de recriar na prática fatos que marcaram a história.

“A gente faz a mala trazendo a especiaria para esse novo continente”, conta o professor. “Dentro da caixinha tem a história da especiaria, como se fosse uma narrativa histórica, em que os alunos escrevem e contam sobre cada especiaria.”

No interesse de descobrir novas terras e rotas comerciais, os europeus se lançaram em alto-mar e se encantaram por especiarias, até então desconhecidas, por não serem cultivadas no continente de origem por conta do clima.

No estudo de sala de aula, além de aprofundar o conhecimento histórico sobre as expedições, os estudantes aprenderam na prática a origem de temperos e ervas que, muitas vezes, dão sabor às delícias que saboreiam. “Fazer banana com canela é bom”, conta, rindo, Cauã Henrique Habeck, 12.

O projeto, além de entender a origem de 12 especiarias selecionadas para estudo de sala de aula, despertou uma curiosidade sobre elas que foi além do ambiente escolar. Responsável por se aprofundar sobre a história do alecrim, Gustavo Andrade, 12, entendeu que não existia apenas o dourado, como diz a cantiga, e despertou o interesse de provar essa erva aromática.

“Toda terça-feira, minha mãe e eu fazemos comida diferente e a gente agora compra alecrim. É uma especiaria boa pra fazer carne e fica muito bom o sabor”, conta o estudante.

Além do paladar aguçado, a nota dos estudantes na avaliação trimestral também teve resultado positivo. Isso porque a proposta da atividade lúdica, além de colocar o estudante como protagonista no seu processo de aprendizagem, contribui na memorização e compreensão dos conteúdos abordados em sala de aula.

“As questões de grandes navegações, quase 100% acertaram tudo na prova. E as outras questões que foram comentadas e não usadas de forma lúdica teve mais dificuldade”, destaca o professor de história.

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