Deve aumentar em 2,1 milhões o número de turistas estrangeiros no Brasil em 2023

O número de turistas estrangeiros que irão vir para o Brasil deve aumentar em 2,1 milhões neste ano de 2023. Conforme a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), a estimativa é receber 9,7 milhões de passageiros entre abril e dezembro deste ano, um aumento de 26% em comparação com o mesmo período de 2022.

A Embratur estima 9,7 milhões de passageiros entre abril e dezembro deste ano, um aumento de 26% ante o mesmo período de 2022. — Foto: Iwan Schimko/Unsplash/ND

Desde o fim do mês de março, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, conversa com ao menos 32 companhias aéreas estrangeiras, para incluir nos destinos novas rotas brasileiras. As informações foram publicadas pelo portal R7.

“Com a ajuda de big data, nós conseguimos saber onde estão e quem são os potenciais novos turistas que se interessam no que o Brasil tem a oferecer. Então, primeiro demonstramos para as aéreas o potencial de demanda para estimular o surgimento de novas rotas. Garantida a nova rota, nossa missão é conectar as operadoras e trabalhar as ferramentas de promoção dos destinos brasileiros e trazer turistas para cá”, disse Freixo.

A avaliação é que a conectividade aérea é um dos pontos para o crescimento do turismo internacional. Freixo se reuniu recentemente com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, para debater o tema e estruturar políticas que fomentem o aumento do número de turistas no Brasil.

Gastos de turistas no Brasil

Segundo a Embratur, o Brasil atingiu a marca de 1,5 milhão de turistas estrangeiros nos dois primeiros meses de 2023. O registro, feito pela Polícia Federal no período, é o maior da série histórica, iniciada em 2019.

Em janeiro e fevereiro, os turistas estrangeiros deixaram no país 1,1 bilhão de dólares, superando a cifra dos dois primeiros meses de 2020 (US$ 1,06 bilhão), quando ainda não havia pandemia de Covid-19, caracterizada em 11 de março de 2020 pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

Passagens aéreas

Em paralelo, o governo articula um projeto para viabilizar passagens aéreas por R$ 200 por trecho para aposentados, pensionistas, estudantes que utilizam o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) e servidores públicos que ganham até R$ 6.800.

O programa está sendo desenvolvido pela Secretaria Nacional de Aviação Civil e, até o momento, o setor aéreo tem se mostrado favorável à proposta. A Gol disse que o setor está se recuperando da maior crise da história e a proposta é “bem-vinda”. A Latam afirma que o projeto requer trabalho em conjunto.

Assentos ociosos

Apesar de o ministério não ter detalhado o projeto, França citou possíveis formatações. Inicialmente, o governo federal não deve fornecer nenhum tipo de ajuda financeira ao setor. A ideia é comprar os assentos ociosos nas aeronaves para oferecer os bilhetes durante períodos de menor procura, de fevereiro a junho e de agosto a novembro.

O programa deve funcionar como uma espécie de crédito consignado. Nesse sentido, bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, seriam uma alternativa para operar o projeto. Assim, essas instituições ofereceriam o financiamento da compra dos bilhetes aéreos. As empresas, então, ficariam encarregadas de abrir mais espaços. Um grupo de trabalho foi montado para avaliar a viabilidade das medidas.

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