Prisão de empresário de SC seria ‘estopim’ para revelar esquema de tráfico de drogas e armas

A prisão do empresário e atleta Ruan Arno Brockveld com mais de 700 kg de cocaína, no ano passado, teria sido o “estopim” para a operação Facção Litoral, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (18) e que apreendeu mais de R$ 37 milhões em bens de envolvidos, em cidades do Litoral Norte de Santa Catarina.

Imóveis de luxo também foram alvo da operação – Foto: Polícia Federal/Divulgação/ND

Através de interceptação de conversas, a polícia teria chegado até o grupo, que tem atuação nacional. As armas e drogas seriam enviadas de Santa Catarina para outros Estados.

Antes da prisão de Brockveld, elementos existentes em diversas apreensões de armas em rodovias do país, que vinham de Santa Catarina, Já haviam chamado atenção da polícia. Entre elas, uma que “acendeu o alerta” foi a apreensão pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) de 35 pistolas e seis fuzis, em uma cidade na baixada fluminense (RJ), em novembro de 2021.

Durante as investigações, a PF também identificou crimes de lavagem de dinheiro através da compra de imóveis de alto padrão, automóveis de luxo e ocultação de patrimônio em nome de outra pessoa. Apenas dois dos carros de luxo apreendidos já somam mais de R$ 3 milhões.

Além dos mandados de prisão, foram cumpridos 12 mandados de sequestro de imóveis, 36 mandados de sequestro de veículos e embarcações que juntos ultrapassam a quantia de R$ 37 milhões, além do bloqueio de contas bancárias de 32 pessoas físicas e jurídicas investigadas com valores ainda a serem apurados.

A operação recebeu o nome Facção Litoral por conta da participação de membros de facção criminosa e pelo fato dos integrantes estarem baseados nas cidades litorâneas do Estado. Informações preliminares são de que Brockveld atuava apenas no tráfico de drogas, e não com os demais crimes.

Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico de armas de fogo, tráfico de drogas, participação em organização criminosa, além do crime de lavagem de dinheiro, cujas penas máximas, somadas, ultrapassam 30 anos de prisão.

A reportagem tentou contato com a defesa de Ruan Brockveld pelos telefones disponíveis nas redes sociais, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem. O espaço segue aberto.

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