Afogamento em praia de Florianópolis põe fim à vida de médico que ascendeu pelo estudo

O médico Rafael Medina, de 31 anos, morreu afogado no fim da tarde deste domingo (30) na praia dos Ingleses, em Florianópolis. Ele era natural de Maringá, no interior do Paraná, e realizava na Capital de Santa Catarina uma viagem de despedida do Brasil. O plano era cumprir três anos de residência médica nos Estados Unidos.

Medina morreu em praia de Florianópolis

Médico realizava viagem de despedida do Brasil para cumprir três anos de residência nos EUA – Foto: Reprodução/Redes Sociais

“Fim de mais um capítulo: despedida de São Manoel do Paraná. Obrigado por tanto. Agora, é viagem de despedida com amigos para Florianópolis.”, escreveu Medina antes de chegar em Florianópolis. Depois ele viajaria para Porto Alegre e ao Rio de Janeiro, onde tiraria o visto.

Medina se graduou em medicina em setembro do último ano na UEM (Universidade Estadual de Maringá). Durante os primeiros meses da pandemia da Covid-19 o então estudante estagiou na Secretaria de Saúde do município.

“De filho de costureira e de vendedor de doces crescido na zona rural brasileira até futuro médico residente de clínica médica na Universidade de Colorado nos EUA. Nunca deixe as pessoas dizerem que seus sonhos são grandes demais pra você”, escreveu nas redes após ser aprovado.

A paixão pela medicina sempre esteve presente na vida de Medina. O dia a dia da profissão, o sonho e o esforço necessário para concluir a graduação eram os temas mais recorrentes nas publicações do médico.

Praia de Florianópolis estava com posto desativado

Os bombeiros militares foram acionados por pessoas que estavam na praia. Medina foi encontrado no fim da tarde submerso próximo ao local conhecido como “riozinho”. Quando os profissionais retiraram o homem da água ele já estava inconsciente e em parada cardiorrespiratória, com grau de afogamento nível 6, considerado o mais grave.

Segundo o capitão Wagner Cardeal, o paranaense ficou entre seis e sete minutos submerso. Mesmo com o apoio da equipe médica da aeronave Arcanjo 01 e com as manobras de RCP, não houve sucesso na reanimação. A morte foi confirmada às 17h56.

O afogamento ocorreu bem próximo a um posto de guarda-vidas desativado, utilizado durante a temporada da Operação Veraneio, encerrada em fevereiro. Os guarda-vidas acionados para esta ocorrência foram deslocados de um posto diferente.

A Operação Veraneio mais recente, realizada entre 17 de dezembro e 26 de fevereiro, não registrou nenhum afogamento seguido de morte nas áreas monitoradas em Florianópolis. As três mortes por afogamento na Capital durante o período – duas delas foram no Norte da Ilha – ocorreram em locais sem guarda-vidas.

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