Famoso médico é condenado após atirar no rosto de um homem em Itajaí

Em um julgamento que durou 13 horas, o Tribunal do Júri de Itajaí condenou o famoso médico Hosmany Ramos, de 79 anos, pelos crimes de tentativa de homicídio e falsa identidade. O julgamento foi nesta quarta-feira (11).

No dia 1º de maio, por volta de 12h30, ele pediu à vítima para mostrar um terreno que teria interesse em comprar, entre os bairros Cabeçudas e Praia Brava. A vítima, então, o levou até o local de interesse.

Imagem mostra famoso médico sendo preso após o crime

Médico famoso é conhecido também no mundo do crime – Foto: Reprodução/ND

No trajeto, na rua que liga o bairro Cabeçudas à rodovia Osvaldo Reis, Hosmany pediu que a vítima parasse o carro para ele poder urinar. Ao retornar ao veículo, ele atirou no rosto do homem que, mesmo ferido, conseguiu desarmá-lo com a ajuda de um homem que passava pelo local no momento do crime.

O réu foi contido até a chegada da Polícia Militar e foi preso em flagrante. A vítima foi socorrida e encaminhada ao hospital e recebeu pronto atendimento, o que evitou sua morte.

Carro ocorreu crime cometido pelo famoso médico em Itajaí

Carro onde cirurgião plástico e vítimas teria entrado em luta corporal – Foto: Reprodução/ND

O Tribunal do Júri acolheu integralmente a tese do Ministério Público de Santa Catarina e o condenou a 10 anos, cinco meses e dez dias de reclusão por homicídio tentado, qualificado por dissimulação ou outro recurso que tornou impossível a defesa da vítima.

Famoso médico é reincidente

O cirurgião plástico, que ficou famoso na década de 1970, já havia recebido uma pena de 46 anos, das quais cumpriu 35, por vários tipos de crime, como assalto, sequestro e homicídio. A pena dada considerou a reincidência do réu – um processo do Fórum Regional de Santana, na Capital paulista.

De acordo com o Promotor de Justiça José da Silva Junior, o famoso médico ignorou a vocação da medicina, que é salvar vidas, e rumou para um caminho totalmente diverso.

“Tentando esconder o passado criminoso, ele se apresentava com um sobrenome bastante famoso na área da medicina, buscando, assim, obter vantagens e ganhar credibilidade, credibilidade esta que, por escolhas trágicas ao longo de sua vida, ele acabou por derrubar”, enfatiza o Promotor de Justiça.

A prisão preventiva do réu foi mantida e ele não terá o direito de recorrer da sentença em liberdade. 

 

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