Paixão geracional: o amor pelo Avaí que envolve uma família

Um sentimento pode ser algo muito pessoal. A paixão por um clube, também. É o caso da família Rodrigues, que compartilha a paixão pelo Avaí de geração em geração. Começando pelo hoje avô, Ivan Rodrigues, passando pelo seu filho João Roberto e chegando até o pequeno Lucca, que com quatro dias de vida foi associado pelo pai ao Avaí.

Três gerações da mesma família marcadas pelo amor ao Avaí

Três gerações da mesma família marcadas pelo amor ao Avaí – Foto: Rodrigo Polidoro/ND

Ivan conta que a paixão pelo clube começou há muito tempo. Seu desejo, era de que quando ele tivesse um filho, esse sentimento fosse passado. Dito e feito.

“O sentimento pelo Avaí começou comigo indo no jogo sozinho. Comecei a levar ele (João) pequeno para o estádio, com meses de idade. Isso foi na década de 90 e daí para frente ele virou meu parceiro de jogo.Teve esse período que eu levava ele para o jogo e agora ele que me leva”, relata Ivan.

Para João, o sentimento foi passado pelo seu pai à ele e transmitido para o recém-nascido Lucca, que, segundo o pai desde o ventre de sua mãe já era avaiano.

“Quando veio a notícia do Lucca foi uma felicidade imensa. Eu sempre quis ter um menino pela parceria que o meu pai teve comigo, então tomara que eu consiga ter essa parceria com meu filho também”, relata João Roberto.

Em meio as lágrimas, João tenta expressar com palavras o sentimento que o Avaí representa para sua família e revela que a emoção foi grande em associar seu filho com quatro dias de vida.

João Roberto se emociona ao falar do amor pelo Leão e de seu filho Lucca – Foto: Rodrigo Polidoro/ND

“Quando eu estava levando ele para fazer a carteirinha de sócio eu fui muito emocionado porque sempre falei pro pai que meu filho seguiria o mesmo caminho e se Deus quiser vai ser assim como foi comigo. Esse é o sentimento do Avaí para a nossa família”, completa João.

Lembranças com o clube

Torcedores fiéis do Leão da Ilha, Ivan e João relatam que não perdem um jogo sequer do clube. Para João, dois jogos o marcaram muito.

“Tiveram duas viagens que nos marcaram muito. Uma foi contra o Corinthians em São Paulo onde o Avaí tinha que vencer para ficar na Série A e o Figueirense jogava aqui com o Fluminense. O Avaí estava ganhando até os 39 do segundo tempo e o Vagner Love que hoje está jogando aqui empatou o jogo e o Avaí foi rebaixado com o Figueira ficando na Série A. Voltamos chorando no ônibus e isso me marcou muito porque a gente tava voltando e o pai falou que no ano seguinte iríamos dar a volta por cima. No ano seguinte o Avaí conquistou o acesso de novo, lá em Londrina estávamos lá, um calor insuportável e o Avaí subiu com o Figueirense caindo para a Série B”, relata João.

Para Ivan, a final do Catarinense de 99 foi um jogo inesquecível também, porém do lado negativo. Ele relembra aquela final e afirma que foi o jogo de maior apreensão que os dois já passaram juntos.

“O pior jogo que fomos foi contra o Figueirense em 1999. Teve briga entre as torcidas, invasão de campo e a polícia utilizou bomba de gás lacrimogênio e tive que sair às pressas com o João no colo. Foi tenso”, diz Ivan.

Planejamento da família

João relata que o planejamento de aniversários e compromissos da família depende do calendário de jogos do Avaí. O aniversário do sobrinho, por exemplo, já teve de ser remarcado pois seria na mesma data de um jogo do clube.

“Eu sempre falo para minha esposa que tenho dois vícios. Um é o surfe e o outro é o Avaí. Tanto que para marcar aniversário, qualquer evento a gente já olha a tabela do Avaí antes, vê se vai ter jogo na Ressacada. A família toda já sabe dessa loucura então tanto meu lado quanto o do pai e da mãe, todos são avaianos. O Lucca tá com um mês e alguns dias. Ainda não o levamos para a Ressacada mas com quatro dias ele já virou sócio do clube. Pode nascer campeão, se Deus quiser”, completa João.

E o Lucca pode ser o amuleto do Avaí na final do Catarinense. Seu avô Ivan, revela que a expectativa pela final é grande e que o Avaí “faz coisa”, mas que a confiança segue em dia.

Lucca pode ser o amuleto do Avaí – Foto: Rodrigo Polidoro/ND

“A gente fica preocupado né? Mas acho que vai dar tudo certo. O Avaí faz coisa e se Deus quiser o Lucca vai nascer campeão”, completa.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.