Audiência discute mudança na gestão do Hospital da Criança de Chapecó

Uma audiência pública tratou da mudança na gestão do HC (Hospital da Criança) Augusta Müeller Bohner, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A conversa foi na tarde desta segunda-feira (22).

A audiência contou com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, em conjunto com a Câmara Municipal da Chapecó.  Também estiveram presentes funcionários do hospital e autoridades locais, os quais demonstraram preocupação com a mudança.

Hospital da Criança, em Chapecó – Foto: Divulgação/Hospital da Criança/ND

 

Com 51 leitos ativos, o hospital é referência no atendimento pediátrico na região Oeste. Além de internações e atendimento ambulatorial, a unidade realiza cirurgias e é referência em UTI Neonatal. Só em 2022, foram 67 mil atendimentos ambulatoriais, 62 mil de pronto-socorro, além de 3,6 mil internações.

A partir do próximo dia 1º, a gestão do HC passará da Associação Lenoir Vargas Ferreira, que também é responsável pelo HRO (Hospital Regional do Oeste), para a Prefeitura de Chapecó, que a repassará para uma empresa a ser definida.

A audiência contou com a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, em conjunto com a Câmara Municipal da Chapecó. – Foto: Agência AL/Reprodução/ND

Segundo o presidente da associação, Reinaldo Lopes, o convênio com o Estado terminou em março e não foi renovado, o que tornou a administração do hospital inviável, do ponto de vista financeiro. “Vamos poder concentrar nossas atenções no hospital regional”, afirmou o dirigente.

Um dos problemas é o destino dos 186 funcionários do Hospital da Criança. Segundo Lopes, a associação não conta com recursos para pagar as rescisões. Uma das alternativas é transferi-los para o HRO. Mas, durante a audiência, a secretária de Estado da Saúde, Carmem Zanotto, defendeu que esses colaboradores sejam mantidos no HC pela empresa que assumir a gestão da unidade.

“Temos que ter continuidade. Não tem como um profissional que nunca atuou na pediatria entrar na pediatria”, declarou a secretária. “Tem que se fazer um grande acordo com relação aos funcionários. Não é só dinheiro, estamos falando de vidas, de profissionais.”

Outro ponto de preocupação são os atendimentos de urgência e emergência. Com a mudança na gestão, o HRO deve concentrar todos esses atendimentos já que, segundo o diretor do HC, Nemésio Carlos da Silva, a unidade não é habilitada pela urgência e emergência, apesar de atender esses casos.

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