Abril Indígena começa com debates sobre universidade, políticas públicas e direitos

Fernanda Maria da Fonseca Pinheiro, do povo parintintim. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC.

O Abril Indígena, evento que destaca a cultura e as contribuições dos povos indígenas de todo o Brasil, começou com debates sobre universidade, políticas públicas e direitos na sexta-feira, 31 de março, no Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os participantes se reuniram no auditório do Bloco B, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), por volta das 10h30. O evento se estendeu para a tarde, quando seguiram os debates e houve uma apresentação cultural. O primeiro dia do Abril Indígena teve transmissão pela TV UFSC e pode ser visto no canal do YouTube.

>> Confira a programação completa do evento.

Logo após a composição da mesa de abertura, a pró-reitora de Extensão da UFSC, Olga Regina Zigelli Garcia, que representou o reitor da Universidade, Irineu Manoel de Souza, saudou os presentes. Ela comentou que a atenção aos povos indígenas é prioridade nesta gestão. “A Universidade tem reunido todos os esforços para atender às necessidades de seus estudantes indígenas”. Também compuseram a mesa a pró-reitora de Graduação e de Educação Básica, Dilceane Carraro; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, Simone Sobral Sampaio; e o coordenador do projeto UFSC na Aldeia, Daniel Castelan.

Em sequência, iniciou-se o trabalho do grupo vai estudar e propor uma política de permanência para estudantes indígenas e quilombolas na UFSC. Participaram dessa mesa, Thaira Priprá, estudante xokleng; Ícaro Patté, estudante xokleng; Luciana Freitas, das comunidades quilombolas de Santa Catarina; e Giovani Fiuza Oliveira, estudante xakriabá, do Campus de Araranguá. Logo depois, com o tema “Qual o papel da universidade para as comunidades indígenas?”, falaram as lideranças guarani Elizete Antunes e Jeferson Gomes Leopoldino. Ao final da manhã, se juntaram também aos presentes no debate as lideranças xokleng Setembrino Camlém e Carli Caxias Popó.

Olga Garcia representou o reitor da UFSC.

À tarde, o evento foi retomado com a apresentação do rapper indígena Fernando Xokleng, estudante de Jornalismo da UFSC, que cantou músicas composta por ele. Logo depois, formou-se a mesa para o debate “Garantia da vida – políticas públicas e a garantia de direitos para os povos indígenas”, com participação de Ana Patté, assessora Especial de Assuntos Parlamentares do Ministério dos Povos Indígenas; Analúcia de Andrade Hartmann, procuradora Federal; e Marcos Farias de Almeida, perito em Antropologia do Ministério Público Federal (MPF). O debate foi mediado pela professora Juliana Salles Machado, coordenadora da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul na Mata Atlântica (UFSC).

Os estudantes matriculados no curso estiveram em peso durante o evento. Antes, de seguirem para o auditório do CCE, ainda na manhã de sexta-feira, os estudantes posaram para uma foto, registrando o grupo em frente ao mosaico da Reitoria da UFSC.

O evento Abril Indígena faz alusão ao movimento de luta de mesmo nome, que ocupa Brasília todos os anos para reivindicar os direitos garantidos aos povos originários pela Constituição Federal de 1988. O direito à educação é uma das pautas fundamentais, e a UFSC visa fomentar neste mês o debate, fortalecendo as ações institucionais para a permanência estudantil e a interculturalidade.

“O objetivo deste importantíssimo evento é conscientizar e informar a comunidade que esta Universidade também é Território Indígena! Além de comemorar a chegada dos estudantes, temos a oportunidade de discutir questões críticas envolvendo os povos indígenas do nosso país. Este abril indígena é especial porque estamos iniciando um grupo de trabalho para discutir políticas de permanência e que movimentos podemos fazer para que todos se sintam parte deste espaço”, ressalta a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves.






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