Prefeitos do Sul de SC precisam se entender para evitar a vergonha

No início do ano quando o prefeito Noi Coral (PP-Morro da Fumaça) assumiu a presidência da AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera), decidiu trocar o secretário-executivo da entidade. Houve reação, primeiro de seis prefeitos que defendiam a manutenção do antigo. Por ser cargo de confiança o novo presidente não cedeu a pressão.

A AMREC tem uma boa sede com vários serviços, além de reunir colegiados que ganham força nas suas reivindicações. – Foto: Lucas Colombo

Mais tarde o pedido dos prefeitos rebelados para que o antigo secretário-executivo fosse realocado em outra função, a de diretor-executivo do CIS-Amrec (Consórcio Intermunicipal de Saúde), o que não foi possível.

Os prefeitos de Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza, Siderópolis, Cocal do Sul e Treviso decidiram parar de pagar a mensalidades à associação. Isso desde o início do ano. Mais tarde os prefeitos de Cocal do Sul e Treviso recuaram e hoje pagam.

Sem o dinheiro de quatro municípios a AMREC se torna inviável economicamente, segundo presidente Noi Coral. Por isso ele decidiu demitir todos menos dois funcionários para manter a entidade limpa e com uma recepção.

Depois que a reação dos prefeitos repercutiu muito mal na sociedade alguns prefeitos levantaram, nos bastidores, a tese de que o problema estaria na gestão do consórcio de saúde. Chegaram a propor uma auditoria. Esta possibilidade está sendo analisada pela diretoria deste consórcio. Isso porque o entendimento é que a alegação dos prefeitos agora é uma cortina de fumaça para justificar a briga que criaram para manter um funcionário apadrinhado em um cargo estratégico.

Assim, se os prefeitos de Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza e Siderópolis mantiverem as suas posições irão inviabilizar uma das associações de municípios que tinha os melhores resultados até recentemente.

Seja qual for a razão da briga, o fato é que a população não merece que 12 prefeitos não se entendam a ponto de inviabilizar uma instituição tão importante.

O que começa a ficar evidente é que trata-se apenas de uma briga de vaidade de prefeitos, o que se confirmado terá sido um dos mais tristes capítulos da história das prefeituras da região carbonífera.

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