Caso de injúria racial termina em briga entre adolescentes em escola de Balneário Camboriú

Duas adolescentes se envolveram em uma briga dentro da escola estadual Presidente João Goulart, em Balneário Camboriú, Litoral Norte catarinense, na última semana. O motivo da discussão entre as duas teria sido uma suposta injúria racial, proferida pela menina que iniciou as agressões físicas contra a vítima.

Adolescente teria praticado injúria racial

Alunas se envolveram em briga após caso de injúria racial – Foto: Internet/Reprodução/ND

A mãe da vítima, de 46 anos, registrou um boletim de ocorrência do caso. De acordo com o relato da mãe, o desentendimento começou dias antes, quando uma outra colega das meninas teria cumprimentado a vítima.

A agressora questionou o motivo de a colega ter conversado com a menina, vítima das agressões e do racismo, já que ela “era preta”.

No sábado (27), um perfil do Instagram publicou de forma anônima que a vítima e uma outra amiga queriam agredir a menina que proferiu a fala racista.

Foi então que a menina, suspeita de ter agredido a adolescente, respondeu o perfil, dizendo que se as duas queriam lhe agredir, deveriam “ir para cima”.

Ainda de acordo com o relato da mãe da vítima, na segunda-feira (29), a vítima percebeu algumas situações estranhas no colégio, como olhares agressivos da adolescente para ela.

Em um determinado momento, ao entrar no banheiro da escola, a vítima conta que a aluna estava “fingindo estar em uma briga”.

Na saída da aula, ela ouviu comentários de outros alunos afirmando que teria uma briga, e a agressora declarou que ela deveria esperá-la na saída do colégio, conta a mãe.

Vídeo mostra agressão entre adolescentes

No local, a adolescente já aguardava pela vítima, que não imaginava que a menina iria, de fato, tomar essa atitude.

A aluna deu um soco e derrubou a vítima no chão. As agressões seguiram com puxões de cabelo, socos e chutes.

Uma das alunas teria iniciado as agressões na saída da escola – Vídeo: Internet/Reprodução/ND

Outra aluna teria puxado os cabelos da vítima ao se envolver no conflito. Depois, ela alegou que estava apartando a briga. Nas redes sociais, a menina disse, de forma indireta, que se colocasse o nome dela no meio, “a conversa ia ser diferente”, conta a mãe da menina.

O caso de racismo por parte da aluna dentro do ambiente escolar não teria sido isolado. De acordo com o relato registrado no BO, em uma outra ocasião, uma aluna da mesma sala perdeu o valor de R$ 100 dentro da escola.

Ao comunicar a perda do dinheiro aos amigos, a mesma adolescente que teria agredido e cometido o racismo acusou um menino, também negro, de ter roubado o valor.

A vítima foi encaminhada para o IML para ser feito o exame de corpo de delito. Vídeos que registraram a briga circularam pelas redes sociais.

A família da menina afirma que já entrou em contato com as advogados, e pede que a justiça seja feita. Eles afirmam que a adolescente acusada das agressões foi expulsa da escola após o ocorrido, mas retornou ao colégio dois dias depois.

O que diz a Secretaria de Estado da Educação

Procurada, a Secretaria de Estado de Educação informou que o Nepre (Núcleo de Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola) iria até a unidade nesta terça-feira (6).

Até às 20h desta terça-feira, a secretaria não repassou mais detalhes do porque a aluna retornou ao colégio, mesmo depois de expulsa, nem outras informações a respeito de medidas tomadas em relação ao caso. O espaço segue aberto.

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